- Nelsinho?
- Oi, Bri.
- Quero que você bata pra mim.
- Han? Como assim?
- Ora, ma come? Batendo. Vai dizer que não sabe, rapazzo?
- Mas eu não posso fazer isso. Vai todo mundo ver.
- Vê nada, figlio mio. É simples. E você já fez isso antes, que eu sei.
- Fiz nada. Quem te disse isso?
- Ora, va bene, va bene…não vem ao caso. Você bate rapidinho e ninguém fica sabendo.
- Mas como?
- Semplice, venha de fundo e vire de costas.
- Mas de costas?
- Ecco, só vale assim.
- Mas tem meu pai, a imprensa.
- Você não sabe guardar segredo? É uma “cosa nostra”, capice?
- Sim, mas, e se der errado?
- Garoto, eu sei do seu potencial.
- E se machucar?
- Faça com jeitinho. Eu só confio em você, capito?
- E se vazar óleo?
- Já tá assim, é? Mamma mia… Isso que é experiência…
- Não entendi…
- Deixa pra lá, bambino. É simples. Vira um pouquinho, arrebita pro lado e se joga, figlio mio!
Eles param a conversa. Ouve-se um barulho.
- Ma porca miseria! O que foi que você fez, bambino?
- Você não mandou eu bater?
- Mas não era disso que eu estava falando… Anche gay, non stupida… mamma mia!
Autor: Eduardo Oliveira
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