segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Alanis


Acho que a minha pior experiência em termos de confortabilidade em shows. Nem no carnaval, ao lado do Chicletão, enquanto puxavam (literalmente) o meu saco, foi pior.

O espertalhão
Fui todo planejado. Acertei com a patroa "assistimos um pouco de capital, voltamos para o camarote pra beber uma água, vou ao banheiro, e no final do show voltamos". Isso porque estávamos certos de que, ao final do show do Capital, as pessoas sairiam para fazer suas necessidades ou tomar uma.



A Doce Ilusão
Porra nenhuma. Aquele rebanho de sacanas ancoraram no chão e não saíram por nada. Foi um roça roça FDP pra chegar até quase no meio do palco. De lá não arredei o pé. Nem tinha como. Respirar já era um privilégio.
Os desesperados gritavam "não é Alanis, é Vitor e Léo". Sem sucesso. Eu, conformado que estava, tentei por vezes meditar e me convencer que em 1 hora não estaria mais ali naquela estufa.



O Show
E finalmente, depois de longos 30 minutos, a infeliz (chifruda) da canadense entra no palco. Banda muito boa.
Me lembro no Woodstock de 99 eu vi pela primeira vez uma apresentação ao vivo dela (isso foi pela TV). Algo me angustiava: ela só olhava para um lado do palco. Isso me irritava muito, pois ela não dinamizava o show. Dessa vez ela está mais madura. Agora Alanis fixa os olhos tanto para o lado esquerdo do palco, como para o direito. Penso em mais 10 anos ela olhará para a frente. Surpreendente foi a quantidade de água que ela bebeu no show. Certamente efeito do "cigarrinho de artista" que deve ter rolado na ida ao parque. Fiquei na tensão achando que ela, em algum momento no show, precisaria sair pra tirar aquele aguacê todo joelho.




A popular
Havia mais tirados a fãs do que fãs de verdade. Eu mesmo, conheço quase todas as músicas, só não me peça pra cantar. Mas nada superou a performance de uma "popular" que se posicionou à minha frente, para a minha grande desgraça pessoal. Aquela criatura fétida não sabia nem gemer as músicas. Ela tinha aqueles celulares multifuncionais chineses que tem TV, 2 chips, câmera e até uma Stylus (canetinha de palm). O show pra mim, em alguns momentos, só pôde ser visto através daquele display chinfrim do celular dela. Mas isso não foi o pior. Pior foi que, em alguns momentos, ela estava ao meu lado, com os braços esticados para cima (só nessa posição pude ver o quanto ela era feia de doer) e o seu "suvacu" (é CU mesmo) e o meu nariz só não ocuparam o mesmo espaço porque a física tradicional pode explicar (2 corpos não ocupam o mesmo lugar no mesmo espaço de tempo). E para piorar, não era nada agradável o seu desodorante corporal, muito menos o cheiro do seu cabelo tostado. Era o fim.




Saldo
Espaço: Foi o menor espaço já ocupado por mim em algum lugar. Sei como uma sardinha se sente.
Calor: Era quente pra caralho. Um corpo humano emite a mesma energia que uma lâmpada de 100W. Isso significa que, no mínimo, eu estava rodeado por uma gambiarra de cidade do interior, cheia de fios desencapados.
A música: Boa, como já era previsto.